CHUTE MIDIA ! !

CHUTE MIDIA não é produto, é processo.

Construção colocado no digital / virtual para comunicação e compartilhamento.

Em breve um ponto de venda perto de vc...!


sábado, 11 de abril de 2009

CHUTE MIDIA


Com o intuito de dividir e compartilhar o processo de "À Morta" com as pessoas que acompanharam os Chutes no Rio, com a Funarte e com qualquer que se interesse pela ação artística na troca com o social, lançamos o CHUTE MIDIA, obra digital que irá conter sempre produções nossas na busca pela Universidade Livre através do processo de montagem da peça de Oswald Andrade...







Da mesma forma que a revista o CHUTE MIDIA é feito com material reciclado e este primeiro número contém um DVD com o video vivo "Colar Truncado - Memória de Beatriz", video que está em
processo e será para o primeiro quadro da peça.









Na produção totalmente artesanal contamos com a ajuda sempre indispensável do nosso querido mestre Yoda.

domingo, 26 de outubro de 2008

Revista Chute III

Ficou pronta nesse sábado, dia 18/10/2008 o terceiro número da revista proposta e editada pelo movimento Dulcynelândia - Revista Chute, que será lançada no 6º Chute, dia 02/11/2008, dia dos mortos, dia mexicano dos mortos, dia de festa.
Mantendo o formato do segundo número, a revista tem 32 páginas, xerocadas, capa de papelão pintada à stencil, formato 14x21cm e costura à barbante. O custo médio de produção por revista é de R$ 0,96 se descartados custos de corte, pintura e costura. Os autores publicados não são pagos e contribuem para e com a revista propondo obras sem restrição prévia. O conteúdo só é cortado se as contribuições ultrapassarem o número de páginas pré-estipulado, o que ainda não aconteceu.
Vai aí mostra grátis:

Um dia seremos abortados, técnica mista. Bruno Zagri publica em http://www.flickr.com/photos/brunozagri

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Esse número é o primeiro com alguma unidade de diagramação e design, posto que os trabalhos entregues o foram em sua maioria feitos digitalmente, diferente dos números I e II onde grande parte das páginas foi entregue pronta para ser colocada na matriz para xerox. Deu-se prioridade para uma diagramação limpa e pouco variada, aproximando-se o produto final mais com um livro do que com a revista quase interativa que é hoje padrão.

Integram seu conteúdo tirinhas, poemas, contos, micro ensaios, textos políticos e artes visuais de artistas de diversos estados do país.

Ainda não sabemos o fim da coisa, mas sobre ela basta-nos para o agora vivê-la.
Fundamentos e outros do gênero foram escritos em http://revistachute.blogspot.com em agosto de 2008 e publicados na Revista Chute II sob o título de Saiba sobre e faça junto, acompanhe a conversa.

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Lá vai outra. Conto publicado na Revista Chute III em primeira mão.


Estou no Flamengo e de repente as palavras perdem significado, não sei mais o que significa "de repente", talvez por isso tenha começado o texto me localizando no espaço: "estou no Flamengo" e depois uma palavra da qual exprime uma sensação - a de não saber localizar-se no significado - "de repente". Talvez seja a fome. A mão tremida, uma leve cólica e as pernas cansadas. Eu tinha então exatos um real e cinquenta centavos, tentei sim me situar à minha fome estomacal e fome de lucidez. Apesar disso fui ao Cine Paissandu e não resisti: comprei um ingresso para a "A grande ilusão" de Jean Renoir. Por quê? Será mero estímulo consumista burguês? Confesso que assim que comprei o ingresso me arrependi, depois pensei: "foda-se". Também penso que é mais fácil que eu conheça alguém que me alimente, com cerveja e alma, que faça uma boa história. E... De qualquer forma, sou uma assalariada. A minha fome de arte é suicida, vai até onde o corpo aguenta. E é o último dia do Cine Paissandu. Talvez eu queira sentir um pouco daquele ar sessentista, tanto é que estou num restaurante vizinho onde a galera costumava beber. Ps: "estou" de corpo presente, sem consumir nada, apenas escrevendo este texto com devaneios de cheiros vindos da cozinha. A mão está mais ágil agora, como a de uma velha pensante. Então: tomei decisões difíceis, todo mundo toma. Sem elas eu não estaria aqui. A escrever, a divagar dentro do meu próprio vazio, a esperar por um filme, não sei mais o que é, só sei o existir. A questão é justamente essa: não há entendimento ou explicação [símbolo], há o existir? O viver dentro da gaiola da Liberdade, onde cedemos para ter nossos desejos existentes. Pensar que vamos saber, simplesmente porque temos uma linguagem desenvolvida... Não, ainda somos tão animais quanto o cachorro de Clarisse. E somos tão reflexos de reflexão que sentimos o ser, não mais como ilusão alienada, mas como responsabilidade, por vezes, vazio - a dita má-fé -, sempre, às vezes, é bom repetir velhos lemas. Não mais estou confusa. Não mais sinto angústia. Sinto cheiro de comida e lembro que não tomei banho hoje.

Raísa Inocêncio,
é de Fortaleza, radicada no Rio de Janeiro atualmente, estuda Filosofia e publica em http://opao.blogspot.com

Saiba Sobre e faça junto!

A revista Chute é só mais uma Coisa. Que se propõe a ser Coisa mesmo. No sentido de ter corpo, peso, volume e ocupar espaço do espaço no qual nos propomos a existir. Já quase não existem Coisas. Chute é um apelo a reconstrução dos objetos, objetos reais, funcionais para a criação e manutenção de experiências e situações. A revista é um passo no sentido em que no passado os situacionistas, os guerrilheiros da arte, a turma da fenomenologia, os modernos dadás brasilindos e, hoje, nós acreditamos na serventia, na utilidade, na existência de uma Coisa: As coisas existem para ser o fruto concreto de Coisas não palpáveis, elas existem para ser o convite visível a uma proposta, a uma postura. A revista é um chamado ao diverso ininterrupto, lúdico e combativo.

Com ela o Movimento Dulcynelândia propõe estabelecer uma conversa, que não precisa terminar, e nem pretende convencer ninguém de nada, mas sim fazer um elo, fazer uma teia que nos aproxime na jornada pela discussão dos caminhos a fazer.

O modelo editorial é um empréstimo do que foi o Almanaque Biotônico Vitalidade, elaborado pela Nuvem Cigana na segunda metade nos anos setenta no Rio de Janeiro, onde cada participante artista da silva contribui com uma página, uma página com o que quiser, sem qualquer unidade de estética ou formal necessária com o resto da revista. Meia folha pra cada. Você entrega, eu colo e reproduzo. O perfil pouco sistemático foi pensado em função da promoção da diversidade da arte, do debate, do pensamento com que convivemos e com que queremos continuar convivendo: Quem tem hegemonia de posição é para partido centralizado. E isso não, isso, meu caro, é uma Zona Autônoma.

Contribua para a revista. Envie sua meia a4, 14x21cm, já pronta para ser uma página da revista, com ou sem identificação para dulcynelandia@gmail.com assunto: REVISTA CHUTE ou marque por email uma data para nos entregar, caso o material não seja digital.

Façamos Coisas juntos!